segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Verão solidário

2011 acabou agitado e 2012 começou ainda pior. A correria para organizar nosso Bazar de Natal ficou emendada com o final do ano e em janeiro, quando pensávamos em respirar melhor, o caso da Dalva, a assassina da Vila Mariana, chocou a todos e nos deixou muito tristes por vermos nossas suspeitas confirmadas. Tristes mas mobilizados em busca de justiça para os nossos irmãozinhos bichos. Com isso, atrasamos as atualizações do blog e ficamos devendo os resumos mensais de nossas atividades. Assim, segue agora uma síntese do que fizemos entre novembro e janeiro. As notícias atrasaram, mas o auxílio aos animais felizmente não!
Novembro começou com um pedido de ajuda para essa chow-chow linda que foi encontrada numa estradinha de terra de uma cidade próxima a São Paulo. A protetora estava desesperada, sem dinheiro, mas não tinha coragem de deixá-la onde estava, então nos responsabilizamos por todos os gastos.
Nós temos por princípio jamais divulgar fotos chocantes de animais, e a foto dela no dia em que foi encontrada pode chocar os mais sensíveis. Mas como as notícias são excelentes, já que o nosso atraso em postar as novidades possibilitou até um "antes e depois", vamos abrir uma exceção e mostrar um "depois e antes", assim ninguém precisa ficar chocado porque agora está tudo bem.
Essa aí deitadona é a Léa um mês depois, já tratada, castrada e na casa linda onde foi morar, adotada por um casal maravilhoso e com direito a namorado platônico (o bonitão que está em pé):
 Aqui ela em pose séria:
 Não se sabe se ela foi amarrada propositalmente com um arame, ou se ficou enrolada acidentalmente, mas tinha um corte horrível no pescoço:

 Como estava muito debilitada e não havia um local seguro e sem risco de bicheiras para colocá-la, teve que ficar internada uns dias. Depois de alguns dias, finalmente foi castrada e pode ir para sua nova casa:

 Junto com ela aproveitamos para castrar também essa pretinha fofa que está lá atrás, e essa gatinha escaminha fofa da foto abaixo:
Também assumimos o tratamento da Ecléia, essa linda cadela que parece uma pastora belga:

Ela foi encontrada por uma protetora nas imediações da Vila Gumercindo. Parecia perdida, pois estava limpa e com uma boa coleira. Até participou do nosso bazar de novembro, pois tínhamos esperança de que alguém a reconhecesse. Só que os dias se passaram e descobrimos o possível motivo do seu abandono: ela estava com uma mastite difícílima de controlar e com nódulos nas mamas. Tomou muitos antibióticos, foi castrada e, se não houver regresssão dos nódulos, terá que fazer outra cirurgia, desta vez uma mastectomia bilateral. Já gastamos bastante e, se essa nova cirurgia for necessária, os gastos devem ser ainda maiores, mas ela merece qualquer sacrifício. É um doce de cachorra, meiga, tranquila, comportada e carinhosa. Fica o tempo todo no cantinho dela, parece maravilhada em ter uma cama quentinha. Ainda não está em condições de ser doada porque o tratamento não acabou, mas os candidatos a adotantes já são muito bem-vindos!
Estas coisas lindas da foto abaixo estavam abandonadas numa rua no Rio Pequeno, num local muito perigoso:

 São dois machos e uma fêmea (uma fêmea amarela, que não é muito comum de achar), gatinhos adolescentes deliciosos, mansinhos e fofos demais. Aqui todo mundo zureta da anestesia:
A notícia ótima é que os três já foram doados!

Também recebemos um pedido de ajuda de uma protetora que cuida de muitos gatinhos abandonados em um parque dentro da cidade de São Paulo. Ela anda vários quilômetros por noite, muitas vezes de madrugada, levando água e comida para gatinhos que muitas vezes só comem uma vez por dia.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, gato NÃO se vira sozinho na rua. Gatinhos criados em casa não sabem caçar nem encontram comida sozinhos, e mesmo gatos que nascem nas ruas em geral morrem antes de completar um ano de vida. Soltos nas ruas, passam fome, ficam doentes, são atropelados, envenenados, espancados ou morrem à míngua. Mesmo gatinhos ariscos e aparentemente ferais ficam à espera dela para comerem, corta o coração ver como eles chegam correndo e miando para o potinho de ração. Ela precisa de toda ajuda possível: ração, potinhos descartáveis para água e comida, auxílio para capturar gatinhas ariscas para castrar e principalmente lares temporários e o sonho de consumo de todo animal abandonado: ADOTANTES. Se você puder acolher um gatinho que seja, fale conosco. Existem muitos filhotes expostos a toda sorte de riscos. Uma gata deu cria nos jardins de um prédio próximo. Um prédio de alto padrão, com muitos apartamentos espaçosos, e lá não existe uma única pessoa capaz de acolher essa mãe com filhotes, estamos desesperadamente procurando um local para abrigá-los.
Esse aqui é um doce de gato, super manso. Tem sarna e muitas marcas de brigas:

 Esse aqui é um amarelo fofo. Arisco com estranhos, mas carinhoso com quem o conquista:

E não poderíamos deixar de mencionar que a manifestação do dia 22 de janeiro foi um sucesso. Muita gente foi mostrar sua indignação e cobrar uma punição mais severa a quem desrespeita qualquer tipo de vida. Estamos mobilizados para não deixar que os casos que todos os dias aparecem na imprensa caiam no esquecimento.

Um comentário:

Luciana F. Damiano disse...

Oi Marta!
Sempre tem notícia boa, de gatinhos e cachorrinhos castrados e adotados e as ruins, né? De vários que continuam abandonados....e eles são tão lindos...a última que peguei da rua, a Lola, só me traz alegria! Todos deveriam ter uma, acordariam mais felizes!
Boa sorte para todos os animais resgatados.
Boa semana!!
beijos